Parte dos rejeitos acumulados na Usina Hidrelétrica Risoleta Neves será levada para a Fazenda Floresta, propriedade localizada em Rio Doce e adquirida em 2016
No dia 19/02, a Fundação Renova e a Superintendência de Projetos Prioritários da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Suppri/Semad-MG) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que possibilita a continuidade das atividades de manutenção, controle e gestão ambiental na Fazenda Floresta até a emissão da licença de operação corretiva.
A propriedade foi adquirida em 2016 para receber parte dos rejeitos provenientes da barragem de Fundão que ficaram acumulados no reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Risoleta Neves, chamada de Candonga, em Rio Doce.
O TAC também prevê medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos socioambientais das obras de recuperação da usina, bem como ações de monitoramento e gestão ambiental no município de Rio Doce, como a construção de um centro de fisioterapia, a compra de uma ambulância e a melhoria das instalações no quartel da Polícia Militar local.
Outras medidas previstas são: custeio da revisão do Plano Diretor de Rio Doce; recuperação de vias urbanas e rurais; implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Santana do Deserto, subdistrito de Rio Doce próximo à área; coleta seletiva nas escolas públicas da rede municipal e estadual de Rio Doce; automação do sistema de bombeamento de água e adequação do sistema elétrico das estações elevatórias já existentes; projeto de recuperação e revitalização da bacia do Córrego das Lajes.
O TAC cobre, ainda, a apresentação e revisão de projetos e soluções de engenharia a serem executadas no local.
Obras
Para receber o rejeito acumulado em Candonga, a Fazenda Floresta — localizada a 3 Km da usina —, passa por uma série de intervenções.
O material proveniente da dragagem (80% de água e 20% de rejeito) será depositado em pilhas secas, que passarão por análises e recuperação ambiental. A água que sobra será tratada e devolvida para o rio, atendendo às normas vigentes.
Enquanto isso, será feita a limpeza das entradas e saídas das turbinas da hidrelétrica. Isso vai possibilitar a recuperação da casa de força e garantir que cada gerador opere em plena capacidade quando o reservatório estiver cheio.
As obras estão previstas para terminar em 2020.
Outras intervenções de drenagem também têm sido realizadas na região. O objetivo é conter as encostas do lago para controlar as águas e diminuir a erosão durante os períodos chuvosos.