Jovens de dois distritos de Governador Valadares receberam o projeto, que chama a atenção para os cuidados com o rio Doce
Desenvolvido pela Fundação Renova e promovido em dois distritos de Governador Valadares nos dias 11 e 12 de março, o Projeto Doce Vivo tem o objetivo de orientar crianças e adolescentes em como cuidar da qualidade da água do rio Doce. O primeiro encontro aconteceu na Escola Municipal de Ilha Brava e contou com a participação de 30 crianças e adolescentes. No dia seguinte, um segundo grupo de 30 jovens da Escola Estadual Marco Geber Sírio recebeu o Projeto Doce Vivo.
A analista de Monitoramento da Água, Soraia Soares Silva, explica que a ideia do projeto surgiu após ações desenvolvidas em escolas, no ano passado, na Semana do Meio Ambiente. “Depois daquele evento, surgiram vários convites à equipe de monitoramento hídrico da Fundação Renova para a realização de outras atividades que desenvolvessem o tema ‘água’ em escolas e divulgassem resultados de qualidade da água para as comunidades. Então, surgiu a necessidade de organizar e estruturar nossas ações em forma de projeto. E assim escolhemos o nome: Projeto Doce Vivo”, explica Soraia Silva.
Durante as atividades, os participantes têm a oportunidade de conhecer alguns equipamentos utilizados para coletar água, vestir EPIs (equipamentos de proteção individual), receber cartilhas e manusear amostras de bichos que vivem dentro do rio. Em 2019, 12 localidades receberam o projeto em Minas Gerais e no Espírito Santo, envolvendo mais de 1.600 pessoas.
Segundo a técnica de Monitoramento da Água, Karla Lívia Pereira dos Santos, o objetivo do Projeto Doce Vivo passa pela melhoria da percepção da comunidade com relação ao uso da água. “Um dos objetivos é aumentar a confiança da comunidade no consumo da água do rio Doce após tratamento, além de buscar a melhoria da percepção referente às ações da Fundação Renova e dar ênfase à credibilidade dos seus resultados”, diz Karla dos Santos.
Apesar de ter sido promovido para crianças e adolescentes em Ilha Brava e Baguari, respectivamente, o Projeto Doce Vivo busca envolver comunidades impactadas, associações de moradores, pescadores, comissões de atingidos, ribeirinhos, proprietários rurais e proprietários abrangidos pelo Plano de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS), além de escolas e professores.
Monitoramento Hídrico
O Projeto Doce Vivo é um trabalho voltado para fornecer também informações sobre o Programa de Monitoramento Hídrico. Além dessa iniciativa, duas oficinas sobre manejo de rejeitos e monitoramento da qualidade da água do rio Doce também foram temas de duas oficinas em Ilha Brava e Baguari.
A ação foi realizada para apresentar e acolher as percepções dos moradores sobre o Plano de Manejo de Rejeitos e explicar como funciona a estrutura de monitoramento da qualidade da água do rio Doce.
Ao todo, 50 pessoas participaram das duas oficinas. Soraia Soares Silva detalhou o objetivo do monitoramento da bacia do rio Doce e das zonas costeira e estuarina. “Esse programa da Fundação Renova executa o PMQQS de água e de sedimentos e avalia os indicadores biológicos. Assim, o programa acompanha a efetividade das ações de reparação a partir dos dados do monitoramento”, diz a analista.