A meta é recuperar cinco mil nascentes ao longo de dez anos
A parceria entre a Fundação Renova, Comitê da bacia hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) e Instituto Terra, em 2017, protegeu e começou a recuperar 511 nascentes – 251, em Minas Gerais, e 260, no Espírito Santo,- todas localizadas na bacia hidrográfica do Rio Doce. O objetivo é que cinco mil nascentes sejam recuperadas ao longo de dez anos, sendo 500 por ano. O segundo ano do Programa teve início em novembro, com a mobilização dos produtores rurais que foram convidados para conhecer e participar do processo de recuperação de nascentes, assim como seus esforços e resultados pretendidos. A participação é voluntária e o proprietário recebe, além de insumos, orientação técnica para fazer o cercamento das áreas que serão recuperadas.
A escolha dos locais e da quantidade de nascentes contempladas pelo Programa é feita pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) e pelos comitês dos afluentes, que neste ano foram: CBH-Piranga, CBH-Suaçuí e CBH-Pontões e Lagoas do Doce.
Para participar do programa o produtor precisa ocupar, comprovadamente, uma propriedade rural nas áreas prioritárias definidas pelos CBHs; possuir interesse em recuperar as Áreas de Preservação Permanente (APPs) de sua propriedade; disponibilizar seu Cadastro Ambiental Rural para verificação, ou, caso não possuir, permitir sua elaboração pelo técnico da Fundação Renova.
O cercamento das áreas deverá ser concluído até o fim de fevereiro de 2018. Os principais objetivos são proteger as nascentes dos animais de grande porte e também testar a capacidade do ambiente em se regenerar sozinho. Quando uma nascente não é cercada dentro de uma área destinada a criação de gado, por exemplo, há o risco dela ser pisoteada pelos animais, compactando o solo, prejudicando e até impedindo a saída da água.
Depois disso, uma série de outras ações são necessárias:
A proteção de nascentes também conta com o apoio de outras instituições, que são fundamentais para o contato com os produtores rurais e a viabilização dos trabalhos, como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Prefeituras de Coimbra, Governador Valadares e Galileia, em Minas Gerais e Prefeituras de Colatina, Pancas e Marilândia, no Espírito Santo, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais e dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Doce, do Suaçuí, Piranga, Pontões e Lagoas do Rio Doce.