Fundação Renova

Painel científico traça cartografia do conhecimento sobre febre amarela

Publicado em: 19/01/2017

Fundação Renova

Especialistas também discutiram as principais lacunas científicas que precisam ser preenchidas

De um lado, foi produzida uma cartografia do conhecimento científico interdisciplinar disponível sobre os surtos de febre amarela no Brasil. Do outro, traçou-se as principais lacunas que precisam ser investigadas sobre a dinâmica dessa arbovirose, viroses que têm a origem de sua transmissão em artrópodes. Essas foram algumas das principais conclusões do primeiro dia (19/01) de debate do painel “O que é a Febre Amarela em antigas regiões florestais, hoje altamente povoadas, da bacia do rio Doce?”, promovido pela Fundação Renova, em Belo Horizonte (MG).

O evento contou com a participação de renomados pesquisadores da área, como Betânia Paiva Drumond (Universidade Federal de Minas Gerais), Sérvio Pontes Ribeiro (Universidade Federal de Ouro Preto), Adriano Paglia (Universidade Federal de Minas Gerais), Eduardo Lázaro de Faria da Silva (Anclivepa-SP), José Carlos de Magalhães (Universidade Federal de São João Del Rey), Marcia Chame (Fiocruz) e Sérgio Lucena Mendes (Universidade Federal do Espírito Santo).

Especialistas participam de painel científico promovido pela Fundação Renova.

Especialistas participam de painel científico promovido pela Fundação Renova. | Foto: Thiago Fernandes

Dentre os pontos de discussão, sob o viés ecológico, o coordenador do painel, o ecólogo Sérvio Pontes Ribeiro, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), destacou a visão unânime, dentre os pesquisadores, de que a manutenção da biodiversidade é fundamental para o controle de arboviroses, como o surto de febre amarela. “Biodiversidade faz bem à saúde”, acrescentou. Os parasitas, por exemplo, são fundamentais para controle de diversas populações de indivíduos.

As discussões passaram ainda pelas questões epidemiológicas desde o histórico da chegada do vírus no Brasil, passando pela estrutura das campanhas de vacinação até as dificuldades da identificação das causas.  Ficaram evidentes as dificuldades nos registros científicos e históricos das informações sobre os surtos de febre amarela.

A cobertura em tempo real do painel pelo site da Fundação Renova possibilitou a troca de informação com especialistas de várias regiões do País, que enviaram suas perguntas.

Amanhã (20/01), os cientistas irão se dividir em grupos de trabalho para definir as hipóteses mais urgentes relacionadas a riscos de saúde e às condições ecológicas da bacia do Rio Doce. Em seguida, irão propor linhas científicas para atender a essas questões. No encerramento os especialistas também irão abordar aspectos sobre ações sanitárias, ambientais, educacionais e de comunicação.

O painel “O que é a Febre Amarela em antigas regiões florestais, hoje altamente povoadas, da Bacia do Rio Doce?”, é focado na discussão científica em torno dessa temática, a sociedade, no entanto, poderá acompanhar a cobertura ao vivo do evento, acessar as pesquisas que serão mencionadas pelos especialistas e enviar perguntas pelo site da Fundação Renova.

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