Pesquisas acadêmicas garantem a idoneidade das avaliações e orientam as ações planejadas
Os trabalhos de conservação da fauna e da flora no trecho entre a barragem de Fundão e a foz do Rio Doce estão sendo conduzidos em conjunto com universidades. Pela Universidade Federal do Espírito Santo, pesquisadores de especialidades distintas integram a Rede Ufes-Rio Doce, criada para articular uma estratégia integrada de atuação. “Parcerias com instituições de ensino e pesquisa garantem a idoneidade das avaliações e trazem informações confiáveis para subsidiar as ações planejadas”, afirma um dos gestores dos programas de recuperação da Fundação Renova, Rodolfo Pessotti.
A primeira frente de atuação contempla o estudo populacional dos peixes, sua relação com plantas aquáticas e outros organismos presentes na água. O termo de referência para execução do trabalho, que teve início este mês, foi aprovado na Câmara Técnica de Biodiversidade do Comitê Interfederativo. As análises serão acompanhadas por uma empresa especializada e também receberão o apoio da Rede Ufes-Rio Doce.
A segunda frente é responsável pela avaliação do efeito do rejeito sobre todas as espécies de animais e plantas marinhas, de água doce e do ambiente aquático de transição entre o rio e o mar. Já a terceira frente fará a avaliação dos impactos do rompimento sobre as espécies de animais e plantas terrestres ameaçadas de extinção, no trecho entre Fundão e a foz do Rio Doce. A metodologia de trabalho já foi aprovada pelos órgãos ambientais, incluindo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o resultado da primeira análise será apresentado no dia 30 de dezembro. O estudo irá integrar um plano de ação com a identificação das espécies ameaçadas, que servirá de base para as medidas que irão restabelecê-las no meio ambiente.