Fundação Renova

Equitação auxilia no tratamento de crianças e adolescentes com deficiência

Publicado em: 25/08/2021

Edital Doce , Território Baixo Rio Doce

Projetos em Minas Gerais oferecem terapia que transforma a vida de jovens e desenvolve autonomia

Dois projetos aprovados pelo Edital Doce, da Fundação Renova, estão utilizando a equitação e a relação com cavalos como método para aumentar a autonomia de crianças e adolescentes com deficiência. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), do município mineiro Resplendor, conduz o Equitação – Um Esporte Equestre Para Crianças Com Deficiência, e a organização Anjos que Montam, de Aimorés, também em Minas Gerais, é a responsável pelo Esporte Equestre – Capacitar Para Fomentar. As iniciativas atendem, ao todo, 50 crianças e adolescentes de 4 a 16 anos nos dois municípios.

As duas iniciativas trabalham com a equoterapia, método de utilização terapêutica dos cavalos. A técnica pode trazer benefícios como desenvolvimento da coordenação motora, melhora do equilíbrio e, ao final do processo, uma maior autonomia da pessoa dentro da sua rotina e com a família. 

A atividade se tornou ainda mais importante para a vida de algumas pessoas durante a pandemia da Covid-19. No período de isolamento social, muitas crianças e adolescentes apresentaram regressões físicas, cognitivas e psicológicas. Por se tratar de uma prática realizada em espaço aberto e, muitas vezes, com atendimento individual, e equoterapia foi mantida, ao contrário das terapias realizadas em ambientes fechados, que precisaram ser suspensas. O espaço onde as sessões acontecem possibilita o contato das crianças e adolescentes com a natureza e se tornou uma oportunidade de socialização importante nesse período de reclusão.

Equitação: Um Esporte Equestre Para Crianças Com Deficiência 

Conduzido pela APAE de Resplendor, o projeto Equitação: Um Esporte Equestre Para Crianças Com Deficiência oferece 80 aulas de equitação e equoterapia por mês, com duração de até 45 minutos, para até 20 crianças de 4 a 16 anos. A iniciativa visa promover a integração entre os praticantes, cavalos e equipe multidisciplinar.

Os recursos do Edital Doce foram destinados aos cuidados com os animais e à contratação de três profissionais: um equitador, que é quem ajuda a conduzir o cavalo, um professor de Educação Física com formação em equoterapia e um guia lateral responsável pela segurança do praticante. Somente quando a criança alcança um grau de destreza, segurança e autonomia é que ela estará liberada para praticar a equitação. Ao se inscreverem, os participantes passam por avaliação com um fisioterapeuta e um psicólogo, que mapeiam as limitações de cada criança e avaliam quais são as atividades mais indicadas para cada caso.

Capacitação

O cavalo e os três profissionais que atuam no atendimento as crianças em Resplendor foram capacitados e preparados pela equipe da organização Anjos que Montam, também selecionada pelo Edital Doce com o projeto Esporte Equestre – Capacitar Para Fomentar.

A instituição é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que trabalha com esse tipo de terapia desde 2019. Atualmente, o projeto atende 30 crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, em Aimorés. O objetivo é realizar a capacitação de profissionais para atividades relacionadas à equoterapia e à equitação, para atendimento de até 35 crianças e adolescentes. 

Em função da pandemia, os projetos seguem os protocolos de segurança. As atividades são presenciais, mas são realizadas com máscaras e higienização de uniformes e equipamentos.

Edital Doce

Criado pela Fundação Renova, o Edital Doce visa fomentar e apoiar projetos de cultura, turismo, esporte e lazer nas regiões atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão e vai destinar cerca de R$12,5 milhões para 228 projetos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

 

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