As propostas e necessidades vão subsidiar a elaboração do plano urbanístico
A comunidade de Paracatu de Baixo (MG) participou de 12 encontros sobre a reconstrução do distrito, impactado pelo rompimento da barragem de Fundão. O foco das discussões foram moradia, cultura, mobilidade e ocupação do território.
As propostas e necessidades elencadas pelas 96 famílias ouvidas pela equipe da Fundação Renova vão subsidiar a elaboração do plano urbanístico e dos projetos arquitetônicos. As sugestões tiveram a aprovação de 75,2% das famílias.
Os encontros ocorreram de julho de 2016 a janeiro de 2017 e tiveram como objetivo a coleta de informações para o Levantamento de Expectativas e Autodelimitação de Terrenos, cujo relatório será entregue à comissão de moradores ainda este mês.
ETAPAS DO PROCESSO
• Antes de envolver todas as famílias, a metodologia de trabalho foi apresentada e validade pela comissão de moradores de Paracatu.
• Para o resgate da memória de crianças, adultos e idosos do distrito, foi construído um “Varal de Memórias”, que retrata os costumes, crenças, festividades e formas de ocupação do território.
• Três perguntas nortearam as conversas com a comunidade: O que tínhamos e queremos manter? O que tínhamos e gostaríamos de melhorar? O que não tínhamos e gostaríamos de ter?
• Por fim, houve a autodelimitação do distrito, importante para se ter conhecimento sobre como era a distribuição territorial do local original e as relações de vizinhança. Ao todo, foram identificados 113 terrenos, que formam o mosaico de propriedades de Paracatu de Baixo e Paracatu de Cima.