Fundação Renova

Comunidade De Bento Rodrigues Vai Ocupando Seu Novo Espaço

Publicado em: 20/05/2022

Reassentamentos , Território Mariana

Ações de sociabilidade e memória estão previstas para todo o ano, com o objetivo de gerar e fortalecer os vínculos entre os moradores e com o reassentamento.

Com o avanço das obras do reassentamento, ações que estimulam a reterritorialização da comunidade estão sendo executadas, como a celebração de missas e atividades culturais para as crianças. As iniciativas são conduzidas pela Fundação Renova, em cooperação com a Unesco. Nos últimos meses, foram realizadas atividades de sociabilidade e agroecologia, incluindo uma feira de troca de mudas com oficina sobre cuidados com hortas.

O trabalho é realizado em oito eixos, incluindo ações voltadas para reparação e salvaguarda do patrimônio, culturas tradicionais, registro de memória, educação patrimonial, formação artística e cultural, ecologia, esporte e lazer. Segundo Marcus Nogueira, Especialista Social de Reassentamento da Fundação Renova, à medida que casas e bens coletivos são concluídos e moldam a paisagem de um novo território, o sentimento de ocupação da área vai ficando cada vez mais latente do discurso comunitário. “O desejo de retomar os modos de vida e reinaugurar, no novo território, suas formas de viver nos traz o dever e a oportunidade de fomentar essas ações de reterritorialização, por meio de atividades de transição e engajamento das famílias”, conta.

Iniciativas

Desde fevereiro, estão sendo realizadas missas na quadra da Escola Municipal de Bento Rodrigues. A pedido das famílias, as celebrações vão acontecer no local sempre no quarto  domingo do mês. A escola também recebeu 50 crianças para uma manhã cultural, com uma programação que contou com sessão de cinema, oficinas com brincadeiras tradicionais e cantigas de roda.  

“A proposta é estimular a apropriação dos reassentamentos coletivos pelas comunidades por meio da reterritorialização de suas manifestações culturais, conforme seus modos de vida expressos nos calendários de celebrações, rituais cotidianos e ofícios”, afirma Rondelly Cavulla, especialista de Educação, Cultura e Turismo da Fundação Renova.

Para as crianças, o processo inclui momentos de diversão para a retomada, após o período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19. A moradora da comunidade, Ana Paula Ferreira, pôde perceber isso com a participação do seu filho. “Como mãe, acho que precisamos de mais momentos assim para as crianças. Nessa atividade, mesmo com todas as restrições e cuidados para prevenir a Covid-19, vi que meu filho e outras crianças também se divertiram muito”, comenta.

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6 comentários

    Tudo que for feito em favor dessa comunidade, será muito bem vindo!Sei que não apagará o trauma que sofreu,mas trará alento e bem estar.Poderá sonhar novamente! VIDA que SEGUE!!!

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    Olá, Neuza. Gostaríamos de esclarecer que fomos criados, em 2016, para implementar os programas de reparação e compensação da bacia do Rio Doce, estabelecidos no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado pela Samarco, Vale, BHP e Governos Federais de Minas Gerais e do Espírito Santo.

    Trabalhamos para reparar e compensar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Estamos desenvolvendo diversas ações, por meio de 42 programas, voltadas às pessoas e comunidades atingidas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

    Até o momento, R$ 20,83 bilhões foram destinados para ações de reparação e compensação, e R$ 9,36 bilhões pagos em indenizações e auxílios financeiros para cerca de 373,3 mil pessoas.

    Você pode acompanhar sobre as ações em nosso site: https://www.fundacaorenova.org/dadosdareparacao/.

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    .Vi a água barrenta chegando em 2015 estava no distrito de Derribadinha,foi muito triste ver os peixes morrendo

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    Olá, Nilza. Entendemos as suas observações. Gostaríamos de esclarecer que fomos criados, em 2016, para implementar os programas de reparação e compensação da bacia do Rio Doce, estabelecidos no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado pela Samarco, Vale, BHP e Governos Federais de Minas Gerais e do Espírito Santo.

    Trabalhamos para reparar e compensar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Estamos desenvolvendo diversas ações, por meio de 42 programas, voltadas às pessoas e comunidades atingidas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

    Até o momento, R$ 21,41 bilhões foram destinados para ações de reparação e compensação, e R$ 9,74 bilhões pagos em indenizações e auxílios financeiros para cerca de 376,2 mil pessoas.

    Você pode acompanhar sobre as ações em nosso site: https://www.fundacaorenova.org/dadosdareparacao/.

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