Fundação Renova

Carta às comunidades de Mariana e da Bacia do Rio Doce

Publicado em: 05/11/2017

Neste momento, dois anos após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), a Fundação Renova se solidariza com as pessoas atingidas e reafirma seu compromisso com a reparação integral dos danos e com a construção de um novo futuro para Mariana e toda a região da bacia do Rio Doce.

Ainda que muito trabalho seja necessário para que todos os impactados recebam suas indenizações, todas as casas sejam construídas, o meio ambiente seja restituído e o Rio Doce restaurado, queremos assegurar que todos os compromissos de curto, médio e longo prazo serão cumpridos.

O ano de 2018 será central para o avanço do processo de reparação. A construção das três vilas atingidas será iniciada nos primeiros meses do ano e as entregas estão mantidas, como planejado, para 2019. O pagamento das indenizações por danos gerais terá sua maior parte concluída até meados de 2018. A qualidade da água continuará assegurada ao longo de todo o Rio Doce, cujo monitoramento é o mais completo atualmente no país. O plano de manejo de rejeitos estará em andamento e a Usina de Candonga será liberada para voltar a operar no segundo semestre de 2018.

Há muito trabalho sendo feito e muito a fazer. Acreditamos que o único meio possível para realizá-lo com efetiva participação da sociedade é o caminho do diálogo, da mediação e da negociação. Este é um caminho mais complexo, em que críticas, atritos e divergências farão parte do cotidiano. E, como é um caminho novo, de grande escala, teremos de encarar dificuldades. As ações de reparo, muitas vezes, precisarão de correções ou de soluções que ainda não existem e terão de ser criadas por todos nós.

Estamos convencidos do empenho de todos em superar os obstáculos e contribuir para o avanço da reparação. Somos centenas de pessoas, envolvidas dia e noite, na maior ação de recuperação ambiental e social em construção no país. Somos parte de um grupo maior, formado não somente pelos técnicos da Renova, mas por uma soma de esforços individuais e de dezenas de entidades oriundas de órgãos públicos, de organizações civis, de empresas, de universidades e instituições de pesquisa, além de representantes das comunidades atingidas. Todos mobilizados no processo de restauração integral e construção de um novo futuro para Mariana e toda a bacia do Rio Doce.

Nosso compromisso, em primeiro lugar, é com os atingidos.

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