O projeto é conduzido pelo programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, que vai oferecer treinamentos e qualificação para cada região
A atuação se concentra em três polos: o de Mariana (formado pelo município de Mariana), o do Médio Rio Doce (que abrange os municípios de Marliéria e Governador Valadares) e o da Foz (formado pelas comunidades de Regência, Povoação, Entre Rios, Areal, Comboios e Degredo, no município de Linhares, no Espírito Santo).
Com o apoio da Fundação Renova e da consultoria Moore, os Arranjos Produtivos Locais (APLs) estão sendo organizados, com projetos prioritários definidos e ações estratégicas implementadas, para o desenvolvimento do setor na região.
O Arranjo Produtivo Local reúne os principais empreendedores e lideranças da cadeia do turismo de cada polo, em busca do desenvolvimento do setor em cada região, com suas características e estruturas. A partir do trabalho de consultoria e capacitação desenvolvido, os grupos se fortalecem e se estruturam em torno de seu potencial.
O trabalho de assessoria técnica, consultoria e capacitação permite aos integrantes dos grupos interagir com outras realidades e experiências de desenvolvimento do turismo, como foi feito com a missão técnica realizada na cidade do Recife (PE), em 2021; participar de eventos importantes do setor, como o Congresso da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA); além de acessar capacitações importantes ao desenvolvimento do destino e seus negócios.
Histórico e Capacitações
O projeto é conduzido pelo programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova que, em 2020, fez um levantamento das regiões onde a atividade turística havia sido mais impactada pelo rompimento da barragem e que possuíam maior potencial de desenvolvimento do turismo. Definiram-se três regiões, que se tornaram os polos do projeto.
Cada um dos três polos se destaca em diferentes modalidades turísticas. Mariana conta com o turismo cultural e de aventura. O Médio Rio Doce, em Marliéria, tem ecoturismo – no Parque Estadual do Rio Doce (PERD) – e turismo rural e, em Governador Valadares, o turismo de aventura na prática do voo livre. Por fim, na Foz do Rio Doce, no Espírito Santo, o turismo de vilarejo e de sol e praia são os destaques.
“No ano passado, começamos uma mobilização com os empreendedores de turismo e iniciamos as reuniões com os representantes de cada município, com o objetivo de elaborar um planejamento estratégico para o desenvolvimento turístico daquele município. Nessas reuniões, empreendedores, prefeituras e agentes capacitadores foram convidados a formar os grupos. Trabalhamos com capacitações durante toda a pandemia”, explica Regiane Assis, analista do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova.
Um dos objetivos desse trabalho é a consolidação dos Arranjos Produtivos Locais e de sua governança, preparando o território e seus atores para a promoção e atração de visitantes, consolidando esses polos como destinos turísticos relevantes.
Segundo a coordenadora do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, Maria Cristina Aires, a proposta dos Arranjos Produtivos Locais é “estruturar uma cadeia produtiva local e capacitar os empreendedores e a gestão pública. O objetivo dessa metodologia é fazer com que os projetos da Fundação Renova no turismo local sejam sustentáveis”.