O objetivo é relacionar ou prever como as partículas podem afetar a qualidade da água
Um importante passo para analisar a qualidade da água do rio Doce é identificar o material que fica em suspensão e deixa o rio com coloração avermelhada. Por isso, a equipe da Fundação Renova vem desenvolvendo um trabalho de caracterização dessas partículas.
Estão sendo analisadas amostras de água, da fração coloidal (partículas sólidas inferiores a 1 micrômetro) e de sedimentos, coletadas na região de Mariana (MG), e no rio do Carmo, perto de rio Doce (MG). A partir dessa avaliação, será possível relacionar ou prever como as partículas podem afetar a qualidade das águas.
Mariana Werneck, da área de monitoramento hídrico da Fundação Renova, conta os desafios enfrentados pela equipe durante as coletas. “Por se tratar de um trabalho em ambiente externo, as condições climáticas interferem diretamente nas tarefas. Foi necessário interromper as coletas no mês de dezembro em decorrência das chuvas. Ainda assim, essa pausa foi uma oportunidade para repensarmos o planejamento e concluirmos as amostragens com sucesso”, afirma.
A expectativa é que o relatório técnico seja concluído ainda no primeiro semestre de 2017. O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema), além de membros da Câmara Técnica de Segurança Hídrica.