Em relação às recentes matérias veiculadas na imprensa sobre a qualidade da água da bacia do Rio Doce, a Fundação Renova esclarece que:
A qualidade de água e sedimentos é monitorada em 92 pontos ao longo da bacia da bacia do rio Doce e região costeira. Além das análises laboratoriais, o monitoramento conta com equipamentos automatizados em 22 pontos nos rios da bacia do rio Doce. São avaliados aproximadamente 80 parâmetros de qualidade de água e 40 de sedimentos. Assim, graças a esse sistema, a Bacia do Rio Doce é a mais monitorada do Brasil.O monitoramento automático é feito por uma estrutura fixa no local de medição, com equipamentos que medem o nível da água e os parâmetros meteorológicos, como pluviometria e temperatura do ar. Oito destes pontos estão equipados com uma sonda que verifica parâmetros de qualidade da água, como turbidez, acidez, oxigênio dissolvido, condutividade, temperatura da água, bem como a existência de microrganismos.
A metodologia de coleta e preservação das amostras segue os requisitos estabelecidos no Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras da ANA e as análises são realizadas em laboratórios certificados pelo INMETRO.
Todos os dados gerados pelo monitoramento são incorporados em um banco de dados certificado pela MCERTS (Environment Agency’s Monitoring Certification Scheme), uma agência ambiental do Reino Unido. A certificação garante a integridade da informação, que pode ser rastreada sem possibilidade de alteração de dados.
Este banco de dados é compartilhado com os órgãos ambientais, como determina o Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático (PMQQS) de água e sedimentos da Fundação Renova. Esse programa foi aprovado pelo Comitê Interfederativo (CIF) e desenvolvido com base nos requisitos da Câmara Técnica de Segurança Hídrica e Qualidade da Água, coordenada pela Agência Nacional de Águas (ANA), com a participação de outros órgãos ambientais, como Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH).
De acordo com o último relatório do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), divulgado em setembro, a turbidez no Rio Doce se mantém abaixo do limite legal, na maioria das estações de coleta de dados. Nenhuma das amostras conduzidas pelo IGAM, mesmo imediatamente após a passagem da pluma de rejeitos, resultaram em concentração tão elevadas de metais e outras substâncias como recentemente relatado na mídia. Segundo atesta a ANA, a água da bacia do Rio Doce pode ser consumida pela população, após tratamento e distribuição pelas prefeituras ou concessionárias.